Pouca gente sabe, mas a Bateria do G.R.E.S.V. Imperatriz Paulista, possui o apelido de Filarmônica do Samba, representada pelo Surdão Centenário.
O Surdão Centenário, ícone da Bateria do G.R.E.S.V. Imperatriz Paulista não possui característica ou ritmo algum na batida (marcada pela cadência de caixas e tamborins nos últimos 2 anos), mas sua representatividade na história vem de longe.
A internet nem pensava em existir, mas desde o início do Século XX, o surdo se fazia presente no clã da Família Butti, como instrumento da fanfarra do Colégio Progresso Campineiro, localizado na Av. Julio de Mesquita, na cidade de Campinas, sede da agremiação. Quem o conduzia era a matriarca da família, Lydia Butti.
A fanfarra do Colégio Progresso, então, desfilava pela Julio de Mesquita, que chegava até ao Centro de Convivência e o Teatro Luiz Otávio Burnier, coincidentemente, onde se apresentava a ORQUESTRA SINFÔNICA DE CAMPINAS, do Maestro Benito Juarez.
Com a função de marcação da percussão da banda, o surdo sobreviveu ao tempo e se tornou símbolo da Família Butti nos antigos Carnavais, passando pelas três filhas de Lydia Butti: Hilza, Rosângela e Renata nas décadas de 60 e 70.
Apesar de se situar em uma cidade sem muita tradição em Escola de Sambas, gravação dos desfiles em VHS, confetes, fantasias e LPs das agremiações nas vitrolas eram frequentes em dias de Carnaval. E, consequentemente, a paixão passando para a terceira geração da família.
Vem os anos 80, e o Surdão Centenário passa a ser o primeiro contato dos netos com o mundo do samba. Batidas, ritmos, percussão. Tudo começara ali. E, coube ao então Pres. do G.R.E.S.V. Imperatriz Paulista Luís Butti a conduzir o Surdão Centenário até os dias de hoje.
Atualmente, o Surdão Centenário, bastante desgastado pelo tempo, é conservado na quadra da Imperatriz Paulista, mas não é utilizado mais de rodas de samba.
2008. Muitas décadas depois, a mística do Surdão Centenário se faz presente na Filarmônica do Samba.
Por curiosidade: Hilza Butti é mãe de Luís Butti, Pres. do G.R.E.S.V. Imperatriz Paulista, que por sua vez, estudou no Colégio Progresso de 1988 até 1992, mesmo local onde sua avó Lydia estudara no início do Séc. XX.
sábado, 19 de julho de 2008
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